28/02/2010

Encomendas internacionais

Devido à escassa oferta e valores acima da média no mercado nacional, muitas vezes somos obrigados a procurar o nosso desejado material no mercado estrangeiro.
Venho com este artigo esclarecer algumas dúvidas em relação a encomendas internacionais, o que é necessário e a que factores a ter em conta.

Primeiro há procurar o mercado nacional por questões de comodidade e de serviços pós-venda (devolução, assistência técnica e garantia).
Só no caso de não se encontrar os artigos em território nacional, ou que a diferença de preços o justifique, pode-se então proceder à oferta internacional.

O que é necessário:

Saber a tradução do nome do artigo que procura para melhor pesquisa dos mesmos.
Ser possuidor de um cartão de crédito (Visa, Mastercard, Amex, etc).
Associar o cartão de crédito a uma conta Paypal para evitar fráudes.
Conhecera credibilidade da loja que se pretende efectuar o negócio.
Preferir sempre lojas que aceitem pagamentos por Paypal ou outro sistema identico.
Conheçer a cotação da moeda usada para a compra, no próprio dia.
Ter em conta que aparelhos electrónicos operam em tensões electricas diferentes das nossas (operando a 110-120 Volts) e fichas de ligação à rede electrica diferentes. (caso dos E.U.A, Reino Unido, Austrália entre outros).

No que se trata de burocracias:

Em alguns casos as transferência bancárias podem demorar dias.

Compras com origem na União Europeia, estão isentas de taxas alfândegárias.

Compras com origem fora da U.E.. 
Estão isentas de taxas alfândegárias, compras em que o valor total da factura (preço de artigo+portes de envio+seguro opcional), seja inferior a 20 Eur para o caso vendas de comerciais e empresas. 
Inferiores a 40 Eur para o caso de vendas particulares.

No caso de não ser aplicada taxa, receberá a encomenda na morada ou estação dos CTT da freguesia

O valor das taxas alfândegárias é calculado com base numa percentagem do valor total da factura, dependendo do tipo de artigo,volume e peso da encomenda+taxa dos CTT. Neste caso receberá um aviso na morada para se dirigir à estação dos CTT a fim de pagar as taxas e levantar a encomenda. Em alguns casos poderá o Sr. carteiro bater-lhe à porta com a encomenda e taxas a pagar.

Quando a alfândega não encontra a factura na encomenda poderá ser chamado a apresentar a factura que a loja lhe enviará por mail após ter recebido o pagamento. Por este motivo não devemos eliminar as facturas.

No caso de não haver factura de uma das partes, os serviços alfândegários tomam a liberdade de lhe atribuir o preço que lhes der jeito.

Geralmente encomendas com indicações de "Gift certificate", "Repaired Parts" não excluí as taxas, se bem que já me passaram algumas, com o valor da compra ser ligeiramente acima do estabelecido e gift certificate. No entanto são excepções.

Pedir o transporte por empresas de logistica rápidas como a Fedex, DHL, TNT, UPS (não confundir com USPS - United States Postal Services) que geralmente providenciam serviços de Tracking Number é uma hipotese para descartar, salvo quando se tem extrema urgência, pois a taxa alfândegária será mais pesada. Existem relatos de quem tenha pago em taxas, 50% do valor total da factura.

No que toca a tempos de espera:

Estados Unidos - são os mais demorados devida a fiscalização e inspecção feroz, podendo demorar entre 2 a 4 semanas.

Resto do Mundo - cerca de 10 a 15 dias no máximo.

União Europeia - até 1 semana no máximo.

Um exemplo:
Pickups para guitarra adquirido nos Estados Unidos (preço do(s) artigo(s), portes de envio, sem seguro e utilizado tarifa económica de correios). Total da factura 100 Eur. Será aplicada a taxa de 30%, ficando a compra em 130 Eur.

Uma dica:

Esclarecer por mail o envio e pedir uma atenção para o cuidadoso embalamento do artigo e saber se é possivel enviar a factura com valor abaixo dos 20 Eur, e(ou) a indicação de "Gift Certificate", "Repaired Parts" ou "Replacement Parts". Embora seja ilegal, muitas vezes resulta quando se trata de pequenos volumes!

Espero ter sido útil com esta mensagem e esclarecido algumas dúvidas.
No caso de terem tido outras experiências, convido a comentárem nesta mensagem.

22/02/2010

Pickups Kent Armstrong

Kent Armstrong, uma marca pouco conhecida de pickups. Pouco conhecida mas com muito boa relação qualidade / preço. Digo isto por experiência própria!

No ínicio dos anos 70 Kent começou a rebobinar pickups com o seu pai Dan Armstrong na sua loja de reparações em Nova Iorque. Mais tarde Kent tomou posse da loja e fez sociedade com o já conhecido construtor e marca de pickups, o Sr. Bill Lawrence. Com a ajuda de Bill, Kent continuou a acumular conhecimentos sobre construção de pickups, e foi nesta altura que ele próprio começou a construir os seus primeiros modelos. Mais tarde foi estudar para o Reino Unido e foi lá que abriu a sua própria loja de reparação e rebobinagem de pickups começando a criar novas formas de construir a sua própria linha.
Hoje em dia é um dos melhor construtores nesta industria de peças feitas à mão.
Kent já desenrolou centenas de pickups existentes no mercado, marcas e modelos sobretudo os de stock da Fender. Sabe quantas voltas de fio e tipo de material tem determinado modelo.

Não vale a pena entrar numa loja à procura desta marca porque dificilmente vão encontrar. Vendem-se exclusivamente na loja on-line Wd music.com. Existe uma linha variada desde pickups para Strat, Tele, guitarras de Jazz, acústicas, humbuckers, P-90's, hot rails, lipstick, Paf e 7 string.

No entanto se procurarem bem há a possibilidade de encontrarem alguma coisa em promoção no Ebay.com.
Eu fui um dos felizardos que conseguiu adquirir um par de humbuckers Ultra Distortion ao preço de uma unidade! : ) E estou muito satisfeito. Valem a pena, e o dinheiro!

21/02/2010

Setup eléctrico

Venho criar este artigo para dismistificar algumas noções erradas sobre setup's, medidas e onde medir. Provavelmente poderei perder alguns serviços em criar este artigo, mas sou apologista da filosofia de que cada guitarrista deveria saber fazer os seus próprios setup's.
Também oiço muita vez falar de guitarristas que já passaram por vários luthiers diferentes e têm queixas em relação ao setup feito, quando na realidade pedem setup's com configurações que nada se aplica ao estilo de música que tocam, afinação que usam ou a força e peso das mãos não combinam com tais critérios.
Para um luthier é muito mau ouvir estas queixas depois de ter passado meio dia de dedicação em volta de uma guitarra.

Pessoalmente prefiro demorar o tempo que for necessário para que se realize um bom trabalho, que pode demorar até 5 dias dependendo do caso, e na hora de entregar a máquina faço questão que o dono esteja presente, experimente e fazemos os ajustes final em função do gosto pessoal do guitarrista.

Quando é necessário fazer um setup?
Um setup deve se fazer quando se troca de cordas para um modelo, marca, diâmetro ou tensão diferente.
Por questões ambientais relacionado com humidade e temperatura quando existem variações significantivas dado ao facto da madeira contrair-se ou dilatar. Por exemplo quando se entra em época de inverno ou verão, ou quando se transporta o instrumento para uma região com clima diferente.
Quando se passa a tocar um género de música diferente, por exemplo o instrumento ter um setup configurado para uma acção de cordas baixa para tocar solos ou rock ligeiro e se pretende uma acção mais alta para tocar blues ou ritmo de hard rock e heavy metal. 

Venho utilizar adiante os critérios de setup utilizados pela Fender e garanto que estes se aplicam a qualquer modelo e marca de guitarra eléctrica. Contudo é sempre preferível  basear-nos nas medidas apresentadas nos manuais técnicos de cada fabricante para cada modelo. Todas as medidas especificadas em manuais de fabricantes são medidas intermédias de modo a servir a generalidade dos critérios dos guitarristas.

Vou utilizar como exemplo para setup as pontes Fender Vintage style com tremolo e garanto que depois de conseguirem realizar um bom setup numa destas pontes estão automaticamente aptos para fazê-lo em qualquer outra ponte, desde a Tune-o-matic à Floyd rose.

Estes critérios resumem-se em 10 passos com e sem uso de ferramentas especiais. É claro que muitas coisas devem ser feitas e inspeccionadas antes de prosseguir ao setup, tais com limpeza e lubrificação, procurar trastos soltos, nivelamento da escala entre outros.

O texto adiante é uma tradução de um manual técnico. Posteriormente aos 10 passos farei um resumo com os meus critérios indicando alguns parâmetros em falta.

Então antes de começar devem se assegurar que a electrónica funciona correctamente, retirar as molas do tremolo desapertando os ganchos onde as mesma prendem e deixando a peça dos ganchos afastada da parede da cavidade cerca de 2.5cm para permitir uma melhor instalação das molas posteriormente.

1 - Meter as novas cordas e apertar, mas não perto da afinação desejada.

2 - Bloquear  o tremolo na posição média de modo a que possa flutuar em ambas as direcções. Usar um bloco de madeira dura medido 2.5cm (largura) * 5cm (comprimento). Enfiar a madeira entre a traseira do bloco do tremolo e o corpo da guitarra até se conseguir uma folga de 8 a 9mm. Agora aperta-se as cordas até á afinação standard e a tensão criada vai segurar o bloco de madeira no sitio. Enfiar ou retirar o bloco (volta a afinar se necessário) até criar uma folga de 2.4mm entre o fundo do prato da ponte e a face do corpo da guitarra. Desde que esteja a guitarra afinada correctamente o tremolo não se mexe porque está bloqueado.

3 - Instalar um transpositor (capo) no 1º trasto.

4 - Ajustar o braço (via truss rod). Na posição de tocar a guitarra premir a corda D ou A (ou ambas) no 17º trasto. Ajustar o braço criando o chamado neck relief (folga) necessário, ou sem folga, completamente direito como preferir. Se se tratar de um braço em que a porca de ajuste do truss rod (tensor) for na parte inferior, junto ao corpo e pickguard, irá ser necessário desmontar e montar o braço várias vezes. O relief é medido entre o 7º e 9º traste, mais focadamente no 8º.

5 - Regular altura de cordas (acção). Continuando com o transpositor colocado no 1º trasto, ajustar a altura de cordas no 17º trasto até coincidir com as medidas especificadas pelo fabricante. Poderá ser feito de duas formas com o mesmo resultado: A) regular as selas da 1ª e 6ª corda para a altura especificada e de seguida as restantes usando um medidor de rádio (radius feeler gauge); B) usando uma régua (que meça fracções de milímetro) e medindo a altura de cada corda até haver a mesma folga em todas as cordas em torno do 17º trasto (fundo da corda com o topo do trasto).

6 - Remover o transpositor.

7 - Baixar a altura das cordas na pestana até coincidir com as especificações do fabricante. gerelmente é regulado entre 0.022" e 0.020" mas para ser exacto pode ir de 0.018" a 0.022" dependendo se é uma guitarra ou um baixo.

8 - Ajustar altura dos pickups. Premindo as cordas 1 e 6 no último trasto e medindo a folga entre o fundo da corda com o topo dos polos do pickups. Quanto mais perto mais ataque, mais afastado melhor sustain, tom e clareza.

9 - Toque a guitarra à procura de trastejo em todas as notas. Afinar a intonação (harmónicos e oitavas) através de um parafuso que desloca a sela na horizontal.

10 - Instalar as 3 molas do tremolo e apertar os parafusos do gancho. Para cordas de maior diâmetro usar mais molas para compensar a tensão exercida. Apertar a garra das molas uniformemente até que o bloco de madeira caia por si. Nesta altura a tensão das molas está ao nível da tensão das cordas.

Cartaz de especificações com medidas em polegadas (factor de conversão para milímetros 25.4  ex.: 4/64" = 0.0625" * 25.4 = 1.5875mm)

 
Rectificação de alguns pontos segundo critérios meus:

2 - Habitualmente não uso este ponto nos tremolos Fender. Geralmente são instáveis à excepção de alguns tremolos como o Wilkinson Vsvg em combinação com uma pestana de rolamentos Fender LSR Roller Nut. Ponho 5 molas apertadas o mais que posso de modo a que o prato da ponte fique encostado ao corpo da guitarra, até utilizo o bloco de madeira como bloqueio e retiro o braço do tremolo. Esta operação até oferece melhor sustain. No entanto não descarto ente ponto em relação aos locking tremolos se bem que é de extrema importância para uma boa afinação dos mesmos. Querem um bom tremolo, optem por um locking tremolo (Floyd Rose, Schaller, Kahler, Ibanez edge ou ZR).

 

3 - Geralmente nem uso o transpositor. Há sempre alguém por perto que me possa dar uma mãozinha a primir a corda que pretendo no 1º trasto.

4 - Ajustar o braço neck relief via truss rod é das operações mais criticas que pode haver. Pode quebrar se for apertado em demasia. A regra é a seguinte: apertando (no sentido dos ponteiros do relógio) o braço tende a endireitar ou até ficar convexo, desapertando fica concavo cedendo á tensão das cordas. Habitualmente faço o seguinte: desaperta-se a porca de modo a que saía completamente, limpa-se a rosca tanto na porca como no tensor com a ajuda de um pequeno cuscuvilhão. Aplica-se 1-2 gotas de óleo fino de maquinaria (usado em máquinas de costura ou cortar cabelo) ou vaselina em gel. Põe-se a porca no tensor e aperta-se até se sentir que começa a ganhar pressão. A partir daqui o aperto convêm ser feito apenas com 1/4 de volta ou até mesmo 1/8 de volta de cada vez. Entre cada aperto vai-se averiguando o progresso primindo no 1º trasto (ou usando o transpositor) e no 17º, vai se observando a folga entre o topo do 8º trasto e o fundo da corda até que o braço fique completamente direito (sem relief). Se sentir que ao apertar cada vez fica mais duro e ouvir-se a madeira ou o tensor a guinchar, está é a melhor altura para parar pois o tensor não está a funcionar correctamente, pode estar danificado ou empenado. Tendo o braço direito é a altura de lhe aplicar o relief, desapertando a porca até ganhar uma folga que pode ser entre 0.004" a 0.012". Esta folga pode ser medida utilizando uma ferramenta chamada apalpa-folgas (automotive feeler gauge). Como as especificações rondam habitualmente os valores entre 0.008" a 0.012" pode-se então usar uma sobra das primeiras cordas que normalmente são .009, .010, .011. Convém que a corda seja nova pois usada provavelmente já perdeu algum diâmetro, deverá saber qual o diâmetro da corda que se está a usar para este fim. Devido ao factor da madeira necessitar algum tempo para assentar e ganhar forma, convém passado umas horas (da noite para o dia por exemplo) rectificar a folga e fazer novo ajuste se necessário. Este processo pode demorar horas ou dias até que fique no ponto desejado. Atenção, a substituição e carga de trabalho para substituir um tensor partido é de um valor tão expensivo que será preferível comprar um braço novo.
5 - No uso do "radius feeler gauge" para regular a altura / acção de cordas não é a melhor hipótese dado ao facto em que as cordas ficam alinhadas pelo topo, e no fundo das mesmas difere a folga da altura devido ás cordas irem aumentando de diâmetro (ilustrado em baixo). Pode-se dar a volta a esta situação aumentando a altura na 6ª corda. Melhor será mesmo usar a hipótese B porque assim será sempre a mesma altura entre o fundo das cordas e o topo do trasto em todo o seu comprimento. Outra solução é usar moedas para estabelecer a altura, posso garantir que uma moeda de 5 cêntimos tem uma altura muito próxima de 4/64".  No entanto a forma mais correcta é usar outra ferramenta chamada "understring feeler gauge". Nas pontes em que não existe regulação de selas individuais (no caso de locking tremolos e pontes Tune-o-matic) a regulação é feita através de dois parafusos chamados "pivots" que fixam a ponte. Um grande problema neste tipo de ponte, sobretudo em guitarras de gama baixa e até mesmo nas Epiphone deve se ao facto que as pontes Tune-o-matic possuem uma curvatura radial (radius) de 12" que muitas vezes não coincide com o radius da escala. É normal acontecer que a escala seja de rádio 10" e a ponte de 12" (mais plano que a escala). Isto faz com as cordas de fora fiquem mais altas que as do centro, sendo então guitarras difíceis de tocar. Experimentem várias guitarras de baixo custo com este tipo de ponte e irão sentir o que estou a dizer. Qualquer profissional neste ramo sabe como resolver este problema através de duas soluções: a menos dispendiosa - substituir as selas fazendo novas slots e curvar a ponte até coincidir com a escala; a mais dispendiosa - retirar os trastos, nivelar a escala para coincidir com a curvatura da ponte (uma boa opção para quem está a pensar em fazer uma substituição de trastos).






7 - No sétimo ponto onde fala em baixar a altura de cordas na pestana parte-se do principio que a guitarra foi acabada de fabricar. Normalmente o que acontece é que a pestana se desgasta com a fricção e a altura baixa para além do especificado criando trastejo nas cordas soltas e nos primeiros trastos. Neste caso a solução é uma pestana nova. Esta medição é feita na folga entre o topo do 1º trasto e o fundo das cordas, pode-se medir usando o apalpa-folgas ou cordas com o diâmetro 0.018, 0.019, 0.020. Se não houver trastejo com cordas soltas e nos primeiros 3 trastos, pode passar este passo á frente. A substituição de pestana deve ser feita por um profissional.

8 - O ajuste de altura de pickups é feito através de dois parafusos nas extremidades que fixam o pickup ao pickguard ou ao corpo da guitarra. Para além de haver medidas nas especificações este é um factor de gosto pessoal tal como a altura de cordas. Se o pickup estiver muito próximo das cordas o ataque será maior mas haverá menos sustain e clareza de tom devido ao facto de a corda se encontrar muito próximo do campo magnético, o que faz com que a corda seja atraída a pare o seu movimento.

9 - Afinar a intonação (harmónicos e oitavas). Existe uma regra teórica e outra prática. Na teoria a 1ª corda deve ficar com o comprimento da escala, medindo entre a pestana e o ponto de partida da corda na sela, na 2ª corda a sela ficará mais atrás e a distância será a diferença de diâmetro entre a 1ª e a 2ª corda, na 3ª corda será a diferença de diâmetro entre a 3ª e a 1ª corda. A 4ª corda ficará na mesma posição da 2ª. A 5ª e 6ª corda repete-se o procedimento das cordas 2ª e 3ª com a diferença de distância aplicada á 4ª corda. Ex.: 1ª corda (0.010") fica com a distância da escala, a 2ª (0.013") ficará 0.003" mais comprida, a 3ª (0.015") ficará 0.005" mais comprida em relação à 1ª. A ponte irá apresentar o aspecto como podem visualizar na 2ª imagem desta mensagem. Se não souberem a medida da vossa escala, então mede-se o comprimento desde a pestana, no ponto em que saí a corda até ao meio do 12º trasto e duplica-se o comprimento. Todas estas indicações irão servir de pré-regulação.
Na prática a intonação é afinada da seguinte forma, com um afinador cromático afina-se a 1ª corda solta no ponto certo, a seguir toca-se a mesma corda oitavada (no 12º trasto). O ponteiro do afinador tem que bater certo uma com a outra, a nota da corda solta e oitavada. Se a registo da oitava for acima  da nota solta desaperta-se o parafuso que desloca a sela de modo a que o comprimento da corda seja menor, se o registo da oitava for inferior aperta-se dando mais comprimento á corda. Volta-se então a afinar a corda solta e repetir o procedimento até ficar no ponto. Existe quem regule a nota solta, com a oitava no 12º trasto e o harmónico natural também no 12º trasto, também é correcto mas pode o harmónico ser confundido ou mal captado pelo afinador.

A este ponto têm toda a informação necessária para fazer um bom setup pelas vossas próprias mãos, contudo será necessário alguma prática pois é possível que não saía perfeito à primeira, e parte-se de um principio que a guitarra está em perfeitas condições, que não haja desnivelamento de trastos nem empenos na escala.

Se houver alguém que tenha alguma coisa a acrescentar, faça favor. É possivel que tenha esquecido um ou outro pormenor mas basicamente está aqui o essencial. Como é óbvio convém que seja feito o setup por mãos experientes pois pode surgir algum caso raro, mas se estão a pensar mandar alguém fazer o setup experimentem pelas vossas mãos pois não vão estragar nada.

20/02/2010

Joe Satriani Live in Paris: I Just Wanna Rock


Foi lançado este mês o novo album em cd duplo e dvd do maior icon da guitarra da actualidade Joe Satriani. Concerto ao vivo da tour do álbum já lançado em 2008 "I Just Wanna Rock".
Esta performance ao vivo conta com a presença de Stu Hamm, um excelente baixista que costuma trabalhar com Joe ao vivo.
Valeu a pena esperar para ver e ouvir!

Cd1:

01.I Just Wanna Rock
02.Overdriver
03.Satch Boogie
04.Ice 9
05.Diddle-Y-A-Doo-Dat
06.Flying in a Blue Dream
07.Ghosts
08.Revelation
09.Super Colossal
10.One Big Rush
11.Musterion
12.Out of the Sunrise

Cd2:

01.Time Machine
02.Cool #9
03.Andalusia
04.Bass Solo
05.Cryin
06.The Mystical Potato Head Groove Thing
07.Always with Me, Always with You
08.Surfing with the Alien
09.Crowd Chant
10.Summer Song

MP3 256 Kbps CBR

Rock
195,31 MB
Link para download

18/02/2010

Preamp com valvula 12AU7

Eis um artigo que qualquer guitarrista irá apreciar!
Este preamp pode ser construído em forma de pedal de efeito com bateria 9V ou ligado por trasformador a corrente eléctrica. Outra opção será instalar este circuito dentro da própria guitarra através de abertura de cavidade para o circuito e para colocação de uma ou duas baterias, podendo também ser ligado ou desligado através de um switch Dpdt on/on, ou potênciometro push-pull a funcionar como bypass. Poderá também ser adicionado tanto em pedal de efeito, como na guitarra potênciometros para controlo de volume, tom e ganho, como o guitarrista preferir.

Esta aplicação é capaz de gerar um bom aumento do sinal e uma ligeira distorção valvulada. Óptimo para compensar perda de sinal de cabos compridos e cadeias de efeitos, e também para quem usa amplificadores transistorizados (solid-state) em casa e procura um cheirinho de distorção a valvulas utilizando o canal limpo.